Tesouro Nacional lança títulos verdes no exterior para financiar proteção ambiental no país
O Tesouro Nacional lançou o Arcabouço Brasileiro para Títulos Soberanos Sustentáveis. O documento traça diretrizes para a emissão de títulos de dívida verde no exterior. A ideia é contribuir diretamente para o incentivo do desenvolvimento sustentável e proteção do meio ambiente no país. Os títulos foram lançados entre os dias 11 e 15 de setembro em grandes praças do mercado financeiro internacional, como Nova York e Londres. Conforme antecipou, a idéia do Ministério da Fazenda é captar por volta de US$2 bilhões, até o fim do ano, em papéis da dívida brasileira com essas características. Em entrevista, o assessor especial do ministério Rafael Dubeux disse que os recursos levantados devem ir majoritariamente para o Fundo Clima – “Com as captações dos títulos sustentáveis, o fundo pode chegar a R$10 bilhões já em 2024”, disse Dubeux.
O documento, dividido em sete seções, lista normas e categorias de atividades associadas a benefícios ambientais e sociais. Dentre as iniciativas com a etiqueta verde, o Tesouro destacou a preservação ambiental dos biomas nativos, inclusive com o controle do desmatamento da Amazônia e Cerrado, o fomento ao Fundo Clima, a produção de energia renovável, a eficiência energética e a gestão sustentável dos recursos naturais.
O Tesouro destacou que o documento trará as “obrigações” que o Brasil deve cumprir “como emissor ou tomador de qualquer título soberano sustentável”. O país ainda se compromete com “a transparência na definição e seleção das despesas a serem financiadas e na alocação dos recursos captados com os títulos sustentáveis”, bem como divulgar indicadores com mensuração dos impactos ambientais dessas despesas.
Segundo a pasta, o arcabouço foi elaborado pelo Comitê de Finanças Sustentáveis Soberanas (CFSS), envolvendo esforços conjuntos dos vários órgãos do Governo Federal que o compõem. O desenvolvimento do arcabouço contou ainda com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Mundial.
Fonte: cnnbrasil.com.br