Os Primeiros Créditos de Carbono de Ervas Marinhas da Europa

Os leitos de ervas marinhas desempenham um papel importante na regulação do clima, abrigando 18% das espécies marinhas.

Na França, 4 organizações; EcoAct, Digital Reality France, Schneider Electric France e o Parque Nacional Calanques, anunciaram que estão trabalhando juntas para proteger este ambiente marinho tão importante, criando a primeira metodologia para contabilidade de crédito de carbono associados à proteção das ervas marinhas.

A iniciativa é resultado de um projeto de pesquisa denominado “Prométhée-Med”, que pode sequestrar cerca de 24.000 tCO2e por ano.

A metodologia de crédito ajudará a preservar um habitat natural chave no Mediterrâneo – a área de Posidonia – um estoque crítico de carbono que pode armazenar até 700 toneladas de carbono por hectare.

Manguezais, pântanos salgados e prados de ervas marinhas podem armazenar até 1.000 toneladas de carbono por hectare, muito mais do que a maioria dos ecossistemas terrestres.

Os prados de ervas marinhas cobrem menos de 1% da superfície do oceano, mas contribuem com até 10% do sequestro anual de carbono no oceano.

Na verdade, as ervas marinhas podem capturar carbono até 35 vezes mais rápido do que as florestas amazônicas. Os prados de ervas marinhas estão desaparecendo em um ritmo alarmante, e o mundo já perdeu globalmente cerca de 29% no último século.

10 países incluíram ervas marinhas em suas contribuições determinadas nacionalmente (NDCs) existentes; 5 países referem-se à sua conservação e restauração em ações de mitigação, enquanto 8 planejam utilizá-la na adaptação.

Fonte: carboncredit.com