Eólicas offshore no Brasil vão exigir arranjo financeiro complexo, diz Banco Mundial
Para tirar o máximo proveito do enorme potencial dos ventos na costa, o Brasil terá de abraçar a ideia de que as “eólicas offshore são as novas hidrelétricas” – e montar um complexo arranjo financeiro para dar conta dos investimentos necessários.
Essa é uma das conclusões de um estudo encomendado pelo Banco Mundial e entregue ao Ministério de Minas e Energia nesta quarta-feira.
O documento traça três cenários possíveis para o desenvolvimento de uma nova indústria no país, que tem algumas das melhores condições técnicas para a instalação de turbinas de vento em alto-mar.
Em tese, a geração de eletricidade pelas usinas offshore ao longo de todo o litoral poderia chegar a 1.200 GW, mais de 70 vezes a capacidade de Itaipu.
No cenário ambicioso descrito pelos autores, as turbinas no mar seriam responsáveis em 2050 por 19% de toda a matriz elétrica brasileira, garantindo a descarbonização da indústria e a produção de hidrogênio verde para exportação.
Fonte: Sérgio Teixeira Jr., Revista Eletrônica RESET.