Eólicas offshore terão financiamento complexo no Brasil

Eólicas offshore terão financiamento complexo no Brasil

A implantação de usinas eólicas offshore vai exigir uma estruturação financeira singular no país, segundo estudo do Banco Mundial, entregue ao Ministério das Minas e Energia (MME). O documento faz uma análise do potencial de produção na costa brasileira – que poderia atingir 1.200 GW, mais de 70 vezes a capacidade de Itaipu –, e traz cenários possíveis. As informações são do site Capital Reset. 

Segundo a publicação, o material destaca que os custos iniciais de implantação devem ser “significativamente mais altos”. Traduzindo: os primeiros projetos devem envolver valores de US$ 64 por MWh, que é 50% maior do que as usinas eólicas implantadas em terra. 

A favor desse número, existe a expectativa de que os preços caíam para o patamar entre US$ 40 e US$ 52 por MWh, até 2050.

Potencial das eólicas offshore

No cenário atual também não existe um Proinfa para eólicas offshore, como aconteceu para as usinas instaladas em terra. Criado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o programa permitiu a criação do parque eólico existente no país. Uma das sugestões é que o haja algo parecido para as novas usinas e, também, que elas sejam contempladas como opção nos leilões de energia. 

O desenvolvimento da indústria local para essa nova frente considera alguns cenários listados no documento. O mais arrojado projeta que a fonte eólica offshore poderia responder por um quinto de toda a matriz elétrica do país. Além disso, poderia ser uma base de produção de hidrogênio verde. 

A conta, neste caso, seria de US$ 240 bilhões em custos de infraestrutura, inclusive com a ativação de 6,4 mil turbinas. Além disso, haveria um incremento de US$ 168 bilhões no PIB e a geração de 500 mil empregos até 2050.

Fonte: Redação de Além da Energia_ENGIE de 29/08/24.

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